quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Biografia de um desatinado

Ao alcance da infância vislumbro imensidão do oceano transbordado pela pequenez do mundo.
 Quem és tu pequena estranha, porque olha assim para o fim?
 Quem és tu pequena raça, porque corres para o abismo?
Detenho-me no patamar do novo mundo, não reconheço a forma do seu ser.
Recorto uma parte de mim só para não esquecer o passado.
  Quem és pequeno mundo, porque sorriem para mim?
Se disser que sou um mero viajante, ireis olhar para mim?
Já não me lembro do meu efémero passado, terei eu sonhado? Vagueio pelo presente e fantasia, realidade e quimera. Vejo os dias e anos a passar, vejo o pôr-do-sol, uma parte de mim quer lembrar o passado e outra parte só quer uma oportunidade para ser vivida, para uma viver outra terá que morrer.
Sinto culpa por ter esquecido tão facilmente, por não criar laços, por escolher entre lembrar ou esquecer.
De onde me virá o socorro quando vier o naufrágio?
Será das luzes negras do inacabado céu?
Adeus mãe tragédia, adeus.

A ti família por ter lembrado não vos esquecer..




                                                                                                          (Cláudia Indami)

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